terça-feira, 14 de outubro de 2014

FESTIVAL DE LITERATURA EM VÍDEO

Alunos e professores que formarem uma equipe para transformar uma obra literária em filme podem ganhar diversos prêmios no 2º Festival Literatura e Vídeo, promovido pelas editoras Ática e Scipione. Para participar, basta reunir até cinco alunos do Ensino Médio ou segundo segmento do Ensino Fundamental e um professor, escolher uma obra literária de uma das duas editoras, produzir um vídeo de até cinco minutos sobre o livro e enviar para o concurso.
Haverá premiação tanto para os vídeos escolhidos pelo júri técnico, quanto pela escolha popular. Na primeira categoria, os alunos vencedores levam para casa troféu de reconhecimento e um notebook; o educador ganha troféu e um tablet; e a escola recebe placa de reconhecimento, uma seleção de livros das duas editoras, um computador e um programa profissional de edição em vídeos.
Já na escolha popular, os alunos recebem o troféu e uma assinatura gratuita das revistas Mundo Estranho ou Superinteressante; o educador leva o troféu e um ano de revista Bravo!; e a escola recebe a placa de reconhecimento e uma seleção de livros. Mas haverá ainda premiação para os finalistas, os vencedores regionais e o Prêmio Troféu Pipoca, que premiará o vídeo que expressar a obra de maneira inusitada.
Para participar, os professores responsáveis pelas equipes devem fazer o cadastro no site do concurso. O envio dos vídeos deve ser feito até o dia 14 de novembro.
Mais informações no site do Festival: http://www.literaturaemvideo.com.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

QUIZZES E CINEMA


http://www.quizzes.com.br/

TIM BURTON



Descubra se você sabe tudo sobre Tim Burton - Guy Kinziger/AFPDescubra se você sabe tudo sobre Tim Burton

Se você deu uma espiada na fechadura do mundo fantástico de Tim Burton e já se emocionou com as histórias de "Peixe Grande" e "Edward" ou adora o lado estranho e sombrios de seus filmes, teste seu conhecimento no nosso quiz.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Roteiro de Grease



Pessoal este aqui é o roteiro da releitura de GREASE, fiquem a vontade
para impressão ou copiar.
Boa sorte para todos que farão a audição, e não esqueçam de se divertir :-)

Releitura de Grease nos tempos da brilhantina

roteiro atualizado...

terça-feira, 2 de setembro de 2014

FIQUE POR DENTRO - A História do Cinema

A História do cinema

História do Cinema


Na Europa
A primeira sessão pública, organizada pelos irmãos Lumière em 1895, foi rápida e barata. Por 1 franco cada, 33 assentos foram ocupados por cerca de 20 minutos no subsolo de um café em Paris. Sete anos depois, com as trucagens do francês Georges Mèliés, o cinema virou arte. Confira os principais movimentos e diretores europeus.
1920
Expressionismo Alemão
Sombras, loucura e grotesco são os atores principais do cinema alemão. O movimento tenta representar o clima pós-guerra que toma conta do país e dura até a ascensão de Hitler, que proibiu as artes “degeneradas” e apostou no cinema-propaganda, afugentando grandes diretores do país. Filmes: Metrópolis (Fritz Lang), Nosferatu (F.W. Murnau), O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene).
Avant-Garde Francesa
Artistas das vanguardas plásticas trazem inovações às telas. Para não perder nenhum detalhe de grandes paisagens, o excêntrico Abel Gance coloca 3 câmeras lado a lado. Na hora da exibição, usa 3 projetores, inaugurando o formato de tela conhecido hoje. Filmes: O Cão Andaluz (Luis Buñuel e Salvador Dali), A Concha e o Clérigo (Germaine Dulac), Napoleão (Abel Gance).
Experimentalismo Soviético
A falta de película nas faculdades de Moscou leva estudantes de cinema a descobrir a montagem: usando vários pedaços de filmes famosos e a justaposição de imagens, criam uma nova obra. Influenciados pela Revolução Russa, fazem um cinema ideológico, sem perder o impacto visual. Filmes: O Encouraçado Potemkin (Sergei Eisenstein), Um Homem com uma Câmera (Dziga-Vertov).
1940
Neo-Realismo Italiano
Temas sociais, atores não-profissionais e gravações fora de estúdio. Por levar a realidade do pós-guerra ao cinema com custos tão baixos, os italianos se tornam referência e influenciam diversos diretores, entre eles, o brasileiro Glauber Rocha. Filmes: Ladrões de Bicicleta (Vittorio De Sica), Roma, Cidade Aberta (Roberto Rosselini), A Terra Treme (Luchino Visconti).
Década de 1950: Ingmar Bergman
Memória, psique e dores existenciais são temas tão presentes na sua filmografia, que acabaram se tornando personagens de sua obra.
Nouvelle Vague
Cansados dos mesmos filmes, críticos da conceituada revista francesa Cahiers du Cinema decidem colocar a mão na massa. Ou melhor, a câmera nos ombros. A nova onda usa a seu favor as dificuldades técnicas para contar histórias simples, criando um estilo único. Filmes: Acossado (Jean-Luc Godard), Os Incompreendidos (François Truffaut).
Década de 1980: Pedro Almodóvar
Com linguagem televisiva, beirando o folhetim, Almodóvar costura a sua filmografia de toques biográficos com o tema recorrente do desejo.
1990
Dogma 95
Quatro diretores dinamarqueses se reúnem e criam 10 regras para fazer um cinema puro, simples e sem gênero. Entre elas, ausência de trilha sonora, de luz artificial e de efeitos especiais. O chamado Manifesto Dogma reforça a idéia de que qualquer um pode fazer cinema e cria seguidores pelo mundo. Filmes: Festa de Família (Thomas Vintenberg), Os Idiotas (Lars Von Trier).
Nos EUA
Ironicamente, a milionária indústria cinematográfica americana foi fundada por produtores independentes. Em 1912, eles deixaram Nova Jersey para fugir da guerra judicial promovida por Thomas Edison, que detinha as patentes dos equipamentos de filmagem, e fundaram Hollywood. Confira a história da indústria de sonhos.
1910
Cinema Mudo
Fãs dos melodramas de Charles Dickens, os diretores D.W. Griffith e Charles Chaplin se tornam os nomes do cinema mudo americano. Inaugurando a linguagem clássica, o primeiro faz grandes filmes históricos. Já o segundo usa a comédia burlesca de um vagabundo. Filmes: O Nascimento de uma Nação (D.W. Griffith), Vagabundo (Charles Chaplin).
1930
Cinema de Gênero
Com o advento do cinema falado, os produtores decidem fazer do som o personagem principal do cinema. Musicais aparecem em massa e inauguram a época de ouro do cinema americano. Mas Hollywood não vive só de músicas. A ingenuidade das comédias românticas e as disputas de faroestes também preenchem as telas nessa década. Filmes: A Mulher Faz o Homem (Frank Capra), No Tempo das Diligências (John Ford), Picolino (Mark Sandrich).
Década de 1940: Orson Welles
Para irritar um desafeto, Welles faz sua estréia no cinema. A rusga rendeu à sétima arte um dos melhores filmes da história: Cidadão Kane.
1940
Noir
A violência e as regras da máfia são exploradas nesse gênero, que teve forte influência da literatura policial americana e da estética alemã dos anos 20. Por duas décadas, o Noir – negro, em francês – mostrou crimes e perigosas paixões. Filmes: À Beira do Abismo (Howard Hawks), Anatomia de um Crime (Otto Preminger), Casablanca (Michael Curtiz).
1950
Exploitation
Ao pé da letra, o termo quer dizer exploração. O gênero se refere aos chamados filmes B, feitos com pouca grana e sem méritos artísticos. Baseado em literatura barata e explorando sexo e sangue, o gênero é resgatado nos anos 70 e se populariza nos anos 90, com os filmes de Quentim Tarantino. Filmes: Glen ou Glenda, Plano 9 do Espaço Sideral (Ed Wood Jr.).
1970
Nova Geração
Capitaneados por Francis Ford Coppola e saídos da faculdade, os jovens Martin Scorcese, Brian De Palma, Steven Spielberg e George Lucas invadem Hollywood, trazendo muito lucro aos estúdios com filmes em que a violência e a rebeldia são a tônica. Filmes: O Poderoso Chefão I & II (Francis F. Coppola), Taxi Driver (Martin Scorcese), Tubarão (Steven Spielberg).
2000/1990/1980
Blockbusters
Efeitos especiais levam fantasia e imaginação de volta ao cinema. O resultado: bilheterias astronômicas, seqüências milionárias e o futuro da sétima arte. A tecnologia, cada vez mais presente nos equipamentos e nas telas, permite até driblar ataques de estrelismo, usando atores virtuais. Filmes: E.T. (Steven Spielberg), Titanic (James Cameron), a trilogia Senhor dos Anéis (Peter Jackson), as animações da Pixar.
 Referência: 

Direção e Roteiro no Cinema



Direção e Roteiro no Cinema


CHARLES CHAPLIN



segunda-feira, 28 de julho de 2014

2º SEMESTRE - CINEMA

ELETIVA
TEMA: Cinema

Dissecar o ato em si é uma atividade que deve ser desenvolvida combinando reflexão (contextualização e pesquisa), apreciação (interpretação de obras artísticas) e produção (desenvolvimento de um percurso de criação).

CINEMA E FOTOGRAFIA
Podemos dizer que as imagens do cinema são um conjunto de milhares de fotografias reproduzidas tão rapidamente que ganham movimento e viram um filme.

Sequência de um cavalo galopando, por Eadweard Muybridge: seus experimentos  com a fotografia contribuíram para o surgimento do cinema. Foto: Wikimedia Commons

TÉCNICA STOP MOTION ("movimento parado") 
É uma técnica que utiliza a disposição sequencial de fotografias diferentes de um mesmo objeto para simular movimento. Essas fotografias são chamadas de quadros e normalmente são tiradas de um mesmo ponto, com o objeto sofrendo uma leve mudança de lugar, afinal é isso que dá a ideia de movimento. Esse movimento, na verdade, é uma ilusão de ótica, que se dá a partir da exposição de 12 quadros (fotos) por segundo. 

PRODUÇÃO: Que tal fazer curtas? De, no máximo 2 minutos, com técnica? 
Para isso, são necessárias apenas duas coisas: um computador com um programa para edição de vídeo e uma câmera fotográfica digital (pode ser de celular).


Horse in Motion, de Eadweard Muybridge. Imagem: Wikimedia Commons
Horse in Motion, de Eadweard Muybridge. Imagem: Wikimedia Commons.   O fotógrafo inglês Eadweard J. Muybridge desenvolveu um sistema para registrar até 24 imagens de um mesmo corpo em movimento. As fotos eram apresentadas em sequência e parecia, para o observador, que os personagens estavam realmente se mexendo.
DICAS:
Planejar a filmagem: elaborar um roteiro, prevendo o espaço de movimentação dos personagens e o cenário; 
•Utilizar menos quadros por segundo (fps) - vídeos profissionais usam 30 fps e fazer isso em stop motion daria muito trabalho. Com a metade, já se tem uma animação de bom nível; 
•Evitar movimentar a câmera - nos primeiros trabalhos, manter o enquadramento facilita muito e manter a câmera fixa é essencial. 


This stop-motion video was shot and played for "LES URBAINES" festival http://www.urbaines.ch at the Palais de Rumine (Lausanne, Switzerland) on November 24th 2007. 









Cinema é arte, mas é também produto cultural.

História do Cinema


FIQUE POR DENTRO - A História do Cinema


ROTEIRO
A HORA DA ESTRELA - CLARICE LISPECTOR
https://asp-br.secure-zone.net/v2/index.jsp?id=5837/6096/5511&lng=pt_br

quarta-feira, 16 de julho de 2014

SEM CENSURA

No dia 03 de agosto comemora-se a extinção da censura no Brasil, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988, votada através da Assembleia Constituinte, nesta data. 
A censura é “o exame crítico sobre obras literárias ou artísticas”, proibindo a divulgação de seus conteúdos ou a execução de suas ideias. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

ENFIM TROPICÁLIA E GLAMOUR

“O tropicalismo era uma espécie de liderança cultural da época, que provocava as outras linguagens!”

"O período de vigência do AI-5 é sempre lembrado como um tempo sem perspectivas. Mas antes dele, ainda nos primeiros anos após o golpe de 64, a vida cultural era intensa no Brasil, apesar da censura e da repressão. 

Os artistas reagiram de formas diferentes ao golpe de 64. 

Entre os músicos da 'geração Bossa Nova', por exemplo, houve uma divisão. 

Diversos artistas preferiram não participar diretamente da discussão política. Por outro lado, muitos nomes importantes da música popular, como Nara Leão, Sérgio Ricardo, Geraldo Vandré e Chico Buarque, fizeram oposição explícita ao governo militar. 

A proposta formal de arte engajada foi adotada pela União Nacional dos Estudantes, que criou os CPCs, Centros Populares de Cultura. 

O movimento foi além da música e engajou escritores como Ferreira Gullar, dramaturgos como Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, e os realizadores do Cinema Novo. 

Em 1965 a TV Record passou a transmitir o programa "O Fino da Bossa", sob o comando de Elis Regina e Jair Rodrigues. A emissora aproveitava o nome de um espetáculo de sucesso apresentado no Teatro Paramount por estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. A proposta inicial da emissora, de abrir espaço para a chamada "música brasileira autêntica", foi se modificando sob a influência dos estudantes. 

As letras das músicas eram cada vez mais contundentes e alusivas ao momento político."


Na foto, Lilian, Darci, Mailu, Inge, Mila e Lúcia vestem criações de José Nunes, com estampas de Aldemir Martins, da coleção Brazilian Style, Rhodia. Jardim de Alá, Salvador, BA, 1964.

E, no fim dos anos 60, surgiu a Tropicália, uma corrente que refletia bem os conflitos políticos e estéticos da época. 


Anos 60: Jovem Guarda, Tropicalismo...
A mesma TV Record criou, para ocupar as tardes de domingo, o programa "Jovem Guarda", com Roberto Carlos, numa linha bem diferente. As gírias, as roupas e os cabelos longos davam o tom do programa. Expressavam uma concepção de vida em que o ideal era ter um carrão vermelho e andar à toda velocidade pelas curvas da estrada de Santos.

IMAGEM
Caetano Veloso, fim dos anos 60: tropicalismo...
No fim dos anos 60 surgiu a Tropicália, uma corrente que refletia bem os conflitos políticos e estéticos da época. Os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil pretendiam renovar a MPB, para eles estagnada desde João Gilberto.

Os tropicalistas procuravam uma estética que lhes parecesse nova na arte. O movimento agrupou artistas como o dramaturgo José Celso Martinez Correa, o maestro Rogério Duprat, o artista plástico Hélio Oiticica e os poetas concretistas Augusto e Haroldo de Campos.
As idéias de uma nova estética defendidas por Caetano Veloso enfrentavam a resistência de uma parcela de jovens engajados no movimento estudantil. O maior atrito aconteceu durante um festival no teatro TUCA, em São Paulo, em 1968. Revoltado com a desclassificação da música "Questão de Ordem", de Gilberto Gil, Caetano fez um discurso sob vaias e cantou a música "É Proibido Proibir", uma citação do movimento estudantil francês de 1968.IMAGEM
... junto com Gilberto Gil
Com a decretação do AI-5, em dezembro de 68, passou a haver um controle mais rígido das atividades culturais. Muitos artistas desagradáveis ao regime acabaram exilados.

Referência: TV Escola

País Tropical - Jorge Ben Jor
Atrás do Trio Elétrico - Caetano Veloso
Mamãe Coragem - Gal Costa
São, São Paulo - Tom Zé
Acabou Chorare - Novos Baianos

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Na década de 1960 e 1970 o Brasil vivia sob o regime político ditatorial,que por meio de seu autoritarismo e repressão, mantinha o controle em vários aspectos da vida social brasileira,principalmente na área da cultura. Apesar do DOPS  -Departamento de Ordem Política e Social, criada para manter o controle do cidadão e vigiar as manifestações políticas na ditadura - surgiram várias formas de protestos contra o regime, uma delas:canções de cunho social...
 Foi um movimento surgido em 1967 que revolucionou o modo de fazer a música popular brasileira. Ele chamou a atenção do público na terceira edição do Festival de MPB da emissora Record, com forte teor político. Nesse show, Caetano Veloso cantou “Alegria, Alegria” acompanhado por guitarras elétricas. Foi um escândalo, já que elas eram consideradas ícones do imperialismo americano (e a MPB sempre esteve associada ao violão, especialmente na bossa nova).
 Mas o objetivo era exatamente este: arejar a elitista e nacionalista cena cultural brasileira, tornando nossa música mais universal e próxima dos jovens.
Enquanto Gil e Caetano tinham um projeto consciente para a música brasileira, Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias se aproximaram do movimento porque sentiram que, com ele, poderiam fazer seu som descompromissado e cheio de ironia. Estavam mais para o rock dos Beatles do que para a crítica política da Tropicália.
Em 1969, assim como Caetano, foi preso pela ditadura militar e partiu para o exílio político, marcando o fi m do Tropicalismo.
Em maio de 1968, os tropicalistas gravaram um álbum coletivo chamado Tropicália ou Panis et CircensisCaetano coordenou o projeto que ficou com cara de manifesto. Canções inéditas de sua autoria, ao lado de outras de Gil, Torquato Neto, Capinam e Tom Zé faziam parte do trabalho. Os Mutantes, Gal Costa e Nara Leão, além do maestro Rogério Duprat, autor dos arranjos, completavam o time vencedor.

.. E O FIM.. 

Antes de fins sociais e políticos, a Tropicália foi um movimento nitidamente estético e comportamental. Com tantas provocações, as reações à Tropicália começaram a se tornar mais agressivas e os confrontos começaram a aparecer. Dentre os mais famosos está o que ocorreu durante o III Festival Internacional da Canção, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo.
Caetano Veloso foi agredido com ovos e tomates pela platéia ao defender com Os Mutantes a canção ”É Proibido Proibir”, que compôs a partir de um slogan do movimento estudantil francês. O compositor irado reagiu com um discurso que ficou para a história. "Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder?"
Com o crescente endurecimento do regime militar no país, as interferências do Departamento de Censura Federal já eram práticas de rotina. Canções tinham versos inteiros cortados, ou eram mesmo vetadas integralmente. O decretação do Ato Institucional número 5, em 13 de dezembro de 1968, oficializou de vez a repressão política a ativistas e intelectuais.
Em 27 de dezembro de 1968 Caetano e Gil foram detidos e com isso a Tropicália se enfraqueceu, embora a morte simbólica da corrente já tivesse sido decretada em reuniões do grupo. Mas, o movimento que mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais da época seguiu influenciando grande parte da música popular produzida no país pelas gerações seguintes.
 

TROPICÁLIA E ANTROPOFAGIA

A Tropicália visou a derrubada de preconceitos, mostrando todas as influencias da MPB, desde Luiz Gonzaga até Vicente Celestino. Desenvolveu-se nos anos 60 com uma proposta nos moldes do movimento modernista de 1922. Uma dessas características é o caráter antropofágico de Caetano Veloso, capaz de dirigir e recriar todas as possibilidades oferecidas pela música brasileira e estrangeira.
Alegria, Alegria foi composta neste contexto. Por isso, mostra-se uma música carregada de ideologias e idéias que vão de encontro à cultura, ao regime e à ideologia vigentes.

sábado, 5 de abril de 2014

1968

Marco de grande e festivais e várias repressões...

O ano de 1968 foi um ano repleto de repressões , mas também muitos festivais de canções, no qual, era usado para introduzir críticas á ditadura nas letras de suas músicas.
Nesse mesmo ano surgiu o III Festival Internacional da Canção, numa época onde os protestos estavam em alta e os militares bem insatisfeitos. Mas mesmo assim,1008 canções foram inscritas de vários estados do Brasil e apenas 40 foram selecionadas para concorrer no Maracanãzinho.
Na fase classificatória, Caetano Veloso foi vaiado pela música “É proibido proibir” , que mesmo assim foi classificada.






É proibido proibir   -  Caetano Veloso                                           
A mãe da virgem diz que não
 E o anúncio da televisão
E estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta
Há o porteiro, sim...
E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças
Livros, sim...
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim...
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
Caetano acabou desistindo do festival , mas ainda viria Geraldo Vandré , cantando “Pra não dizer que não falei das flores” , o que deixou todos da organização bem apreensivos , por conta de ser um “tapa na cara” de militares e ditadores... Tanto que logo no ano de 1969, Vandré teve que sair às escondidas do Brasil para não acabar na repressão militar do país, sem contar , que sua música foi proibida durante 20 anos por aqui, mas no final das contas , se tornou um verdadeiro hino.
Por fim , o festival teve como resultado em 1°lugar a música “Sabiá” de Tom Jobim e Chico Buarque , mas debaixo de muitas vaias , já que o povo esperava que tivessem coragem de colocar a música de Geraldo Vandré em primeiro , que acabou ficando em 2° , e em 3° a música “Andança” de Danilo Caymmi .

1°Lugar
                               Sabiá - Tom Jobim e Chico Buarque
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar


2°lugar
                Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

3°Lugar
                     Andança - Danilo Caymmi
Vim tanta areia andei
Da lua cheia eu sei, uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim vestido de cetim
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa a se derramar
Ao luar descansa meu caminhar
Meu olhar de festa se fez feliz
Lembrando a seresta que um dia eu fiz
Já me fiz a guerra por não saber
Que esta terra encerra meu bem querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina onde vou chegar
Rodei de roda andei, dança da moda eu sei
Cansei de se sozinha
Verso encantado usei, meu namorado é rei
Nas lendas do caminho
Onde andei
No passo da estrada só faço andar
Tenho a minha amada a me acompanhar
Vim de longe léguas cantando eu vim
Já não faça tréguas, sou mesmo assim
Contracanto:
Me leva amor
Amor
Me leva amor
Por onde for quero ser seu par